Slash

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  Adrian 28 de outubro de 2019 Responder

  A história é bem escrita e encenada, e é doce do começo ao fim. No entanto, receio que ele envie a mensagem errada em muitas frentes. Cria a ilusão de que a sexualidade é uma escolha, ou uma questão de experimentação, e que anseios e desejos sexuais não são o que definem a orientação sexual. A orientação sexual é retratada como bipolar, ignorando completamente a bissexualidade e a pansexualidade. Mas a pior parte é que afirma a idéia homofóbica de que o jovem “escolheria ser gay ao invés de ficar sozinho”. Eu sempre disse que é uma má pedagogia por parte da comunidade gay afirmar que ser um jovem “confuso ou questionador” é um estado real de ser, e que a origem dessa confusão é outra coisa senão a homofobia geral que se experimenta. Os cineastas e todos os que se apegam à falácia “questionadora” não estão fazendo mais nada além de desmembrar os sentimentos e desejos de alguém como nossa única bússola quando se trata de orientação sexual. Nem a experiência, nem a experimentação, nem a negação, nem a identidade podem definir algo que é intrinsecamente uma questão de instinto e sentimentos. Se você gosta de algo, se quer algo, se deseja algo, se gosta de algo, se fantasia sobre algo, é isso que define a orientação sexual. Nada menos nada mais.